A criação de uma força-tarefa para investigar e punir os envolvidos nas mortes dos profissionais de Segurança Pública de MG será discutida na ALMG
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- Criado: Terça, 18 Agosto 2015 14:39
A realização de uma audiência pública, em caráter de urgência, para debater a criação de uma força-tarefa para investigar, identificar e provocar a punição dos envolvidos nas mortes dos profissionais de Segurança Pública do Estado, como policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários foi tema do requerimento, de autoria do deputado Sargento Rodrigues, aprovado na Comissão de Segurança Pública nesta terça-feira, 18/8/2015.
No dia 17/8/2015, o deputado Sargento Rodrigues recebeu o Presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (SINDASP-MG), Adeilton de Souza Rocha, que solicitou a intervenção do parlamentar junto aos órgãos do Sistema de Defesa do Estado de Minas Gerais para criarem uma força-tarefa para punir os culpados pela morte dos Agentes de Segurança Penitenciária, Edson Ferreira da Silva, covardemente assassinado no dia 16/8/2015, e Vivian Cristina Medeiros Gonçalves, alvejada com 11 tiros no dia 3/8/2015, em Uberaba.
Para Sargento Rodrigues, é imprescindível a realização da audiência tendo em vista os recorrentes crimes envolvendo os profissionais da Segurança Pública do Estado. “Temos que cobrar para que não haja um crescimento, não só do crime e da violência, mas especialmente contra a vida daqueles que fazem a segurança pública do cidadão”, disse. Rodrigues destacou, ainda, que a morte dos profissionais de segurança pública, até o momento, está em linha crescente, chegando a quase 10 em 2015.
“É necessário que o Estado, quando atropelado, no sentido de afronto do crime, e estas pessoas são mortas por criminosos, dê uma resposta rápida porque o cidadão fica imaginando “se estão matando policiais, imagina eu que não tenho treinamento, não tenho arma de fogo e porte de arma? Imagina eu, como vou ficar?”, explicou o deputado Sargento Rodrigues.
Segundo Rodrigues, o Governador Fernando Pimentel, em sua campanha, através de uma carta compromisso, fez promessas que criaria uma força-tarefa. “Eu quero ver a resposta que o Governador vai dar neste sentido. Qual a resposta? Criar uma força-tarefa e responder a cada crime cometido contra os agentes públicos? Lembrando, um policial militar e civil, agente penitenciário ou bombeiro quando é morto, o crime está passando pelo último obstáculo do Estado, que é o braço armado”, esclareceu.
Rodrigues lembrou, ainda, do episódio da morte do Promotor Francisco José Lins do Rêgo Santos, em 2002, quando foi criada uma força-tarefa para apurar o assassinato. “A vida de um Promotor não é mais importante do que a vida de um Soldado da Polícia Militar ou do Bombeiro, de um agente penitenciário ou de um investigador da Polícia Civil”, ressaltou.