População de Ouro Branco solicita mais efetivo das polícias nas ruas da cidade

DSC 0041 optO aumento da criminalidade e violência no município de Ouro Branco, na Região Central do Estado, foi tema de audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta sexta-feira, 7/8/2015. A população reivindica o aumento do efetivo e melhorias na infraestrutura, como viaturas e equipamentos, das Polícias Militar e Civil, a criação de mais uma vara na Comarca de Ouro Branco, a atuação da Prefeitura no campo da prevenção social, como na melhoria da iluminação pública e capina de lotes vagos e a realização de operações conjuntas entre as polícias para a repressão qualificada.

No início da reunião, o Presidente da Comissão, deputado Sargento Rodrigues, destacou que o objetivo da audiência é sempre ouvir o cidadão e propor soluções viáveis para os problemas. Segundo o morador da cidade, José Francisco de Oliveira, a questão de segurança tem piorado a cada dia e as câmeras de monitoramento “olho vivo”, que já estão com defeito, foram instaladas com muita luta. “Temos que ajudar a polícia militar na questão de segurança porque é questão de todos”, disse.

Segundo outra moradora da cidade, Valéria de Melo, as polícias da cidade estão sucateadas. “Acompanhamos a dificuldade das polícias em trabalhar”, afirmou. Ela também esclareceu que a cidade possui apenas uma Vara na Comarca, sendo necessário fazer uma força tarefa para que as polícias possam trabalhar.

947464 optJá o estudante da Universidade Federal de São João del-Rei, Vinícius Simon Silva, explicou que houve um grande aumento de detentos que possuem entre 18 e 24 anos. Ele cobrou mais investimentos na área de segurança pública e projetos sociais, como a escola de tempo integral.

Sargento Rodrigues esclareceu que é necessário a ajuda de toda a comunidade acadêmica para combater os crimes. “60% de todos os crimes que temos hoje vem do tráfico de drogas, como roubo a mão armada e formação de quadrilha. A comunidade acadêmica pode nos ajudar muito”, destacou.

Rodrigues (PDT) explicou que para reduzir a sensação de impunidade, é preciso mais celeridade das polícias, Ministério Público e Poder Judiciário. O parlamentar lamentou, ainda, a ausência do MP, que pode propor ações civis públicas para apoiar o trabalho do Executivo e Legislativo municipal.

DSC 0057 optDe acordo com a presidente da Câmara Municipal, vereadora Branca de Souza Cunha, a cidade está há 4 anos sem Defensor Público. Segundo ela, também deveria haver a diminuição de passarelas no município, uma vez que elas estão abandonadas e acabam servindo de abrigo para bichos, como também para usuários de drogas.

A Prefeita do município, Maria Aparecida Junqueira, lamentou a queda na receita da cidade de 40% devido a crise econômica que o país está vivendo, uma vez que a cidade depende da siderúrgica Gerdau. “Não estamos de braços cruzados. Precisamos ter uma aproximação com a população. Com esta crise, eu fico o dia todo reunida com a comissão financeira fazendo contas para não faltar as coisas para o município, como na área da saúde, educação e segurança”, ressaltou.

Ainda segundo a prefeita, a chapa mãe do projeto das câmeras “Olho Vivo” queimou, gerando um transtorno em relação a uma senha. Ela informou que a manutenção destas câmeras custa em torno de R$35 mil ao município.

Para a delegada regional de Conselheiro Lafaiete, Patrícia Terezinha Biancheti, o maior problema da Polícia Civil é a falta de efetivo e de estrutura. “Precisamos também de um presídio e um centro para os menores, que são em grande parte autores dos crimes”, explicou.

Já o delegado de Polícia Civil de Ouro Branco, Marcelo Prado, afirmou que houve um aumento de criminalidade em todo o País, mas que Ouro Branco ainda é segura para viver. Ele também destacou que as polícias possuem uma grande integração. “Em Ouro Branco nós temos muita integração com a Polícia Militar. Muitas vezes encontramos antes mesmo do trabalho para discutir os crimes que ocorreram no município”, disse. Para ele, a estrutura da polícia está precária e precisa de apoio do Estado. A cidade possui apenas três investigadores para atender a demanda de cinco cidades.

Quanto a integração da polícia, Rodrigues parabenizou as policias da cidade. “O senhor me dá uma notícia muito boa. Parabéns! Integração é discutir o índice de criminalidade juntos. Precisamos de responsabilidade para um ajudar o outro”, afirmou.

Segundo o comandante do 31º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Sérgio Cardoso, este ano foram feitas 10 mil operações, 8 mil abordagens de drogas e armas de fogo, cerca de 13 mil registros de ocorrências e 2 mil prisões, sendo 300 menores apreendidos. Para ele, a polícia militar trabalha buscando soluções para proteger o cidadão de bem. Além disso, o 31º BPM possui 342 policiais para combater o crime e preservar a ordem. “É necessário conhecer os problemas de perto para que sejam criadas estratégias para combatê-los”, disse. O tenente-coronel também anunciou que seis novos sargentos e 15 novas viaturas vão reforçar o efetivo e a estrutura de segurança de Ouro Branco e região até o final deste ano.

O comandante destacou, ainda, a importância das ações de prevenção com crianças e adolescentes. “Temos que preparar esses jovens para o emprego e distanciá-los do tráfico. Casas de internação e acautelamento de menores infratores não os preparam para a vida. É preciso educar”, esclareceu.

DSC 0025 optO Inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Eduardo Andrade, afirmou que em 125 km de rodovia há apenas um posto com 15 policiais e que o maior problema é a falta de efetivo. Ele também informou que o posto da PRF localizado em Congonhas será transferido para Carandaí. “Precisamos do esforço de todos para que não ocorra a transferência deste posto”, solicitou.

Ele ressaltou, ainda, que as ocorrências que tem atendido em relação a criminalidade são de veículos de Belo Horizonte e da Região Metropolitana.

Sargento Rodrigues fez um apelo ao Inspetor para que ele intensifique a fiscalização e apreensão de drogas e armas nas rodovias. “1 kg de drogas que passa nas fronteiras vira 3kg aqui, É preciso destacar a omissão criminosa da União em relação às fronteiras e à falta de repasses financeiros ao sistema prisional e aos municípios”, criticou.

Ao final, o deputado Sargento Rodrigues apresentou cerca de 11 requerimentos para que sejam tomadas providências quanto a instalação de um centro de medidas socioeducativas, solicitando melhorias e mais efetivo para as polícias militar e civil, como também a instalação de uma nova Vara na Comarca e a ampliação do efetivo do Posto de Congonhas da PRF. A Comissão também produzirá um relatório que será encaminhado a vários órgãos competentes para que conheçam a situação do município de Ouro Branco.

Voltar
MARCA SR BRANCO1

GABINETE

Rua Rodrigues Caldas, 79 | Edifício Tiradentes
5º andar | Sala 2 | Bairro Santo Agostinho
Belo Horizonte/MG | CEP: 30190-921
Tel: 31 2108-5200 | Fax: 31 2108-5201

Será um prazer receber sua mensagem e agradecemos a sua participação. Aproveite e cadastre-se para receber em seu e-mail as últimas notícias sobre o mandato do deputado Sargento Rodrigues.