Deputado Sargento Rodrigues solicita audiência pública para auxiliar na identificação das vítimas da tragédia de Mariana
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- Criado: Quinta, 26 Novembro 2015 18:17
A Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou requerimento, de autoria do deputado Sargento Rodrigues, nesta quinta-feira, 26/11/2015, para que seja realizada audiência pública conjunta com a Comissão de Segurança Pública e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para debater a tragédia causada pelo rompimento da barragem de rejeitos em Mariana. O objetivo é discutir a segurança no local, considerando força-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil, assim como os trabalhos de identificação dos corpos.
Durante a reunião, o deputado Sargento Rodrigues, Presidente da Comissão de Segurança Pública, afirmou que está muito preocupado com a identificação dos corpos. “Quem conhece um pouco desta área sabe dos impactos que isso tem, uma pessoa ser dada como morta, no âmbito do direito. É necessário que haja uma identificação e isso causa um embaraço gigantesco em relação às famílias, a herança, há uma série de desdobramentos que ocorrem”, destacou.
Na ocasião, Rodrigues lembrou, ainda, que hoje pela manhã mais um corpo foi encontrado pelos cães da PMMG que fazem um excelente trabalho junto aos Bombeiros Militares. Segundo ele, as famílias precisam ter estas identificações, para saber qual será o desdobramento jurídico deste fato, que é extremamente complexo.
Segundo Rodrigues, a dimensão da tragédia é incalculável. “Nós vamos levar muito tempo para conseguir dimensionar o estrago, a complexidade, os danos em todas as áreas, inclusive ao longo do percurso do Rio Doce. As famílias que foram atingidas, os pescadores, é muito complexo o tamanho do estrago desta tragédia”, esclareceu.
Ao final, Rodrigues afirmou que questionará, durante a audiência pública, se o Ministério Público abriu inquérito civil para apurar a matéria. “Nós, deputados, devemos provocar as ações do Ministério Público para requerer o pagamento de multas, bloqueio de depósitos judiciais em nome das vítimas, do meio ambiente, em nome do Rio Doce, de tudo aquilo que a gente tem tomado conhecimento de dano que tem causado, até no aspecto histórico-cultural, pois Mariana é o município mais antigo que nós temos”, ressaltou.