Denúncia de falta de munições para treinamento na PMMG é debatida na ALMG

DSC 0082 optA revogação de contrato com a empresa que fornecia munição recarregável à Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o memorando enviado aos batalhões suspendendo os eventos comemorativos e treinamentos dos policiais militares que não havia sido agendados foi tema de audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira, 24/11/2015.

Durante a reunião, o deputado Sargento Rodrigues, Presidente da Comissão e autor do requerimento que deu origem a discussão, lembrou da matéria do jornal O Tempo, “PM expede ofício com ordem para economizar munição”, do dia 16/7/2015, que destacou que o comando da Polícia Militar de Minas Gerais havia revogado o contrato com a empresa que fornecia munição recarregável para a corporação. Como resultado, a chefia havia enviado um memorando para os batalhões suspendendo eventos comemorativos e treinamentos de militares ainda não agendados.

De acordo com a matéria, o texto do memorando – assinado pelo coronel Laércio dos Reis Gomes, que respondia interinamente, à época, pela chefia do Estado-Maior – explicava que a revogação foi feita por causa das “sérias dificuldades” financeiras do Estado e da consequente necessidade de contenção de despesas. O coronel afirmou, ainda, ainda que foi necessário porque o estoque da munição nas unidades da PM está em estado “crítico”. “A DAL (Diretoria de Apoio Logístico) foi obrigada a reduzir a produção de munição recarregada, mantendo o estoque mínimo capaz de suprir apenas a demanda já preestabelecidos”, diz a mensagem.

DSC 0087 optSegundo o deputado Sargento Rodrigues, a situação, à época, era muito preocupante, pois a PMMG possui cerca de 43 mil policiais militares na ativa que não podem deixar de fazer treinamentos. “Os policiais usam armas 24 horas por dia no trabalho, como também no retorno para casa. Eles precisam de treinamentos para utilizá-las, como por exemplo, para no momento de uma ação não tenham dúvida de como usá-las”, destacou.

Rodrigues afirmou, ainda, que tem conhecimento de que a situação das munições está regularizada. Segundo ele, a falta de munições reflete na vida dos policiais militares e das pessoas de bem. Na ocasião, o parlamentar apresentou dados que mostrou que a escala de morte dos profissionais da área da segurança pública, em serviço ou em razão da atividade, estava decrescente, mas, este ano inverteu de uma forma muito preocupante. Em 2011, morreram 10 servidores; em 2012 foram 9; em 2013 foram 8; em 2014 foram 7 e em 2015, até o momento, 13 profissionais já faleceram.

DSC 0127 optNa oportunidade, o gestor de Recargas da Diretoria de Apoio Logístico da PMMG, Major PM Juliano Cançado Dias, informou que a situação já está regularizada, com a contração de nova empresa e o fornecimento de munição à corporação. Segundo ele, a empresa que prestava o serviço de manuseio de maquinário para produção de munição faliu e, em maio deste ano, foi contratada uma nova empresa, com 12 funcionários civis para trabalhar no Centro de Material Bélico (CMB). “A produção está em alta. Em setembro houve grande distribuição de munições”, disse. O Major também esclareceu que até fevereiro todas as unidades do interior receberão munições necessárias para o treinamento dos policiais.

O Major Cançado afirmou, ainda, que o CMB da PMMG produz munições, como por exemplo, para pistolas .40, que são as mais utilizadas nos estandes de tiros. Segundo ele, no CMB são produzidas as espoletas, estojos, pontas e pólvoras.

DSC 0170 optSargento Rodrigues enfatizou que sempre é bom treinar e aperfeiçoar. Segundo ele, os treinamentos deveriam ocorrer, no mínimo, uma vez ao ano para não acontecer incidentes. O parlamentar espera ter esclarecido a falta de munições para os treinamentos policiais e que realmente o problema tenha sido sanado e que não tenha afetado os policiais militares do interior, pois normalmente eles acabam sendo esquecidos, como também tem uma dificuldade muito maior do que os policiais da Capital. “Nós esperamos que a polícia militar não permita que o pessoal do interior fique sem munições para treinamento”, disse.

Ao final, Rodrigues apresentou requerimento para que seja encaminhado ao Secretário de Defesa Social, ao Secretário de Planejamento e Gestão e ao Comandante-geral da PMMG para que seja garantido ao menos uma vez por ano o Treinamento Policial Básico para todo efetivo da Polícia Militar.

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