Aliados de Pimentel na ALMG retiram quórum da CCJ para não votar requerimentos que visam esclarecer os graves crimes praticados pelo Governador do Estado
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- Criado: Quarta, 09 Novembro 2016 13:06
Os deputados da base de governo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) esvaziaram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na manhã desta quarta-feira, 9/11/2016, quando o deputado Sargento Rodrigues, do Bloco da oposição, Verdade e Coerência, apresentou dez requerimentos, buscando ouvir pessoas, obter documentos e esclarecimentos sobre as graves acusações em desfavor do Governador Fernando Pimentel, do PT. Na ocasião, os deputados Bosco (PT do B) e João Magalhães (PMDB) saíram da Comissão para não haver quórum para votação.
Um dos requerimentos solicita que os trabalhos da CCJ sejam suspensos até que as informações fornecidas pelo STJ à ALMG, relativas ao processo de admissão da acusação do Governador do Estado, inclusive as que correm em segredo de justiça, sejam disponibilizadas na íntegra para todos os parlamentares.
Outros requerimentos contêm pedidos para que sejam convidados a comparecer na CCJ: o Governador do Estado, Fernando Pimentel, e apresentar seus argumentos de defesa sobre o pedido de autorização para instauração de processo pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; o Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o “Bené”, responsável por fazer delação premiada à ação penal, como também a Procuradora da República, Ela Wiecko V. de Castilho, responsável por oferecer denúncia do Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que originou a ação penal relatada pelo ministro Herman Benjamin, para também subsidiar os trabalhos da Assembleia Legislativa.
Os deputados do bloco da oposição também solicitam que seja convidado a comparecer na Comissão, o sr. Mauro Borges Lemos, substituto de Fernando Pimentel como Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, à época, acusado de estar ciente da solicitação e vantagem indevida e agindo livremente e em unidade de desígnios com Fernando Pimentel e “Bené”, comprometeu-se a auxiliar ambos na execução dos atos administrativos correspondentes à propina ajustada, bem como o sr. Otílio Prado, acusado de ocultar parte da quantia repassada pela CAOA, montadora de veículos S/A na conta da empresa OPR, do qual é acionista, e simulação de prestação serviços para a empresa BRIDGE, do Bené, ambos acusados no âmbito da ação penal e os srs. Antônio dos Santos Maciel Neto e o Carlos Alberto de Oliveira Andrade, na condição de acionistas da CAOA.
Os parlamentares também solicitam que sejam enviadas as notas taquigráficas da reunião da Corte Especial do STJ, realizada no dia 5/10/2016, onde foi decidida pela necessidade de autorização da ALMG para a instauração de processo, por infração penal comum, contra o Governador de Minas Gerais.
Fotos: Clarissa Barçante/ALMG