Ocorrência em que Cabo da PM atirou contra policiais civis é debatida na Comissão de Direitos Humanos

DSC05050A Comissão de Direitos Humanos reuniu-se nesta segunda-feira, 9/12/2013, a requerimento do deputado Sargento Rodrigues, a pedido da Aspra, para esclarecer vários pontos obscuros da ocorrência policial em que o Cabo PM Samuel Cabral foi indiciado por tentativa de homicídio por atirar em dois policiais civis no dia 20 de novembro de 2013, no bairro Juliana, região Norte de Belo Horizonte, e as supostas ameaças que ele e sua família vêm sofrendo desde ALMG-RAÍLA MELOesse dia.

No dia 20 de novembro, três policiais civis em diligência, Marcelo Batista Bento, Marcelo Gonçalves Ferreira e Adriano Silveira Mendes, afirmaram que estavam fazendo um levantamento no bairro Juliana e abordaram Alex Rodrigues Goulart em uma papelaria. No momento, o Cabo PM Samuel Cabral saindo de sua residência, ao lado da papelaria de sua esposa, avistou esses homens com arma de fogo em punho. Assustado, ele disparou contra eles que não possuíam nenhuma identificação que seriam policiais civis.

O deputado Sargento Rodrigues questionou algumas ações desses policiais civis. “Ao analisar as circunstâncias dessa ocorrência policial em que os policiais civis estavam em um veículo descaracterizado, sem coletes, sem nenhum tipo de identificação e que foram recebidos a tiros por um policial militar quando entravam no estabelecimento comercial da sua esposa com armas em punho, passamos a tomar conhecimento de alguns fatos, como por exemplo, eles não estavam na sua área de atuação que é Santa Luzia. Gostaria de saber se havia ordem de serviço para fazer aquela diligência policial, se a cepolc deu a saída da viatura descaracterizada da Polícia Civil”, questiona. Ninguém soube responder os questionamentos do parlamentar.

De acordo com Sargento Rodrigues, Alex Rodrigues Goulart já foi preso seis vezes por tráfico de drogas e já sabia que aqueles homens eram policias civis, mesmo sem identificação, gerando uma grande coincidência. “Ele disse, na ocorrência, que sabia que eles eram policiais civis e estavam abordando dentro do estabelecimento, ao passo que a esposa do policial militar e ele não sabiam. Se o Alex sabia e já foi preso seis vezes pela polícia militar, sendo cinco delas por tráfico de drogas e uma por porte ilegal de armas e todas elas levadas para a mesma delegacia desses policiais civis, há uma coincidência enorme dessa operação policial. Há pontos muito obscuros que precisam ser esclarecidos”, destaca.

Durante a audiência pública, o deputado Sargento Rodrigues apresentou seis boletins de ocorrência em desfavor do Alex Rodrigues Goulart, que é um traficante contumaz conhecido da polícia civil. Todos os boletins de ocorrência foram encerrados na Delegacia de Santa Luzia, onde pertencem os três policiais civis.

Em seu relato, o Capitão Valdemiro Gomes de Almeida Filho, que participou de toda a operação, informou que estava chegando em casa quando recebeu uma comunicação via rádio que havia policias feridos no bairro Juliana. Naquele momento, ele foi até o pronto socorro e colocou equipes de médicos à disposição para recebê-los. Depois que os policiais civis chegaram ao hospital, o Capitão Almeida foi até a casa do Cabo Cabral, onde este se encontrava apavorado, chorando muito, com medo. A ordem era tirá-lo de sua residência, mas houve muita dificuldade devido ao tumulto. “Apesar de perceber nos delegados uma vontade muito grande de resolver as coisas da forma mais correta, cada um que chegava dava uma ordem diferente para para encaminhar a ocorrência”, afirma.

Ainda segundo o Capitão Almeida, quando ele saiu com o senhor Alex Rodrigues Goulart da residência do Cabo Samuel Cabral, este foi muito ameaçado e agredido. “Os policiais civis puxaram a testemunha, deram chutes, pontapés e puxaram o cabelo dele. Colocaram o Alex no xadrez da viatura e um policial civil gritou que ele só saía daquele local na viatura da polícia civil porque eles que mandavam. O tempo todo eles gritavam que teria que matá-lo”, explica.

Durante a reunião foi informado que havia mais de cem policiais civis naquele lugar. A pedido da Coronel Cláudia, comandante do policiamento da capital, todas as viaturas da polícia militar saíram do local, ficando apenas as responsáveis pela ocorrência. Já os policiais civis, mesmo a pedido dos delegados, não se retiraram do local.

O Capitão Almeida também relatou que durante o caminho para a delegacia, recebeu uma orientação do Comando-Geral e da Secretaria de Defesa Social que para se deslocar para o 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM). “Neste momento a viatura em que eu estava foi fechada por várias viaturas da polícia civil, que quase bateram. Saíram policiais civis e delegados com fuzis 762 e 556 querendo arrebatar o Cabo Cabral. Eles estavam com a sirene ligada, com a metade do corpo para fora da viatura com os fuzis. O tempo todo xingavam, nos chamando de filhos da puta. Foi um clima de muita tensão, eu achei que fosse morrer”, ressalta.

Segundo o Subcorregedor da Polícia Civil, Antônio Gama Junior, o caso será apurado o mais rápido possível. “Foi instaurado inquérito na Corregedoria no dia 22 de novembro de 2013 para apuração do caso e pedimos celeridade da delegada. Também vai ser averiguada com muita profundidade a presença dos policiais no local e a questão do Alex”, afirma. O Subcorregedor solicitou, ainda, a presença do Sargento PM Patrick Medeiros de Jesus e do Capitão PM Valdemiro Gomes de Almeida Filho para prestar depoimentos, já que acompanharam o caso desde o início.

Segundo o deputado Sargento Rodrigues, é preciso esclarecer esses fatos. “Não podemos permitir que a sociedade conviva com o desencontro de operações policiais e com deslocamentos de 70 a 80 viaturas de uma corporação ou da outra. Os policiais civis tentaram resgatar o preso da viatura do Capitão Almeida com fuzis 762 apontados em sua cabeça. Houve um desacerto naquele local. Não se sabe por qual motivo foi feita essa abordagem. Há uma interrogação que a sociedade precisa tomar conhecimento. Infelizmente é uma ocorrência em que os policiais civis diziam que estavam fazendo diligência policial, mas falta muitos esclarecimentos para a população e a corregedoria da polícia civil”, explica.

O parlamentar irá propor um Projeto de Lei com previsão de punição severa, inclusive com transferência imediata do policial que desobedecer ordem superior, seja de um oficial ou de um delegado da polícia civil. A punição deverá ser exemplar tanto para a polícia militar, quanto para a polícia civil. “Precisamos tratar de uma legislação que venha punir severamente policiais civis e militares que desobedecerem seus superiores neste tipo de episódio”, afirma.

Ao final, a Comissão de Direitos Humanos aprovou requerimentos, de autoria do deputado Sargento Rodrigues, para enviar notas taquigráficas da reunião com as cópias dos reds para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, para que prestem informações sobre os desdobramentos de cada um, se foi instaurado inquérito policial e quais as conclusões de cada reds apesentado durante audiência; para a Promotoria de defesa dos Direitos Humanos e Controle das atividades policiais solicitando apuração de eventuais irregularidades nas operações realizadas no dia 20 de novembro de 2013 e para que seja enviado Ofício à Corregedoria-Geral da Polícia Civil solicitando que sejam ouvidos com urgência o senhor Alex Rodrigues Goulart, o Sargento PM Patrick Medeiros de Jesus, o Capitão PM Valdemiro Gomes de Almeida Filho, Geralda Cabral de Oliveira Andrade e Tatiane Silva Cabral.


Crédito/Foto 2: ALMG/RAÍLA MELO

 

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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do Deputado Sargento
Rodrigues desenvolvidas ao
longo de sete mandatos na
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