Cerca de 4 mil agentes penitenciários contratados podem ser demitidos até fevereiro

DSC 0180 optMais uma vez, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) debateu a possibilidade de demissão de muitos agentes penitenciários e socioeducativos como também a capacidade de considerar, para efeitos de pontuação em concurso público para provimento de cargos de agentes, como título, o cômputo dos anos anteriormente trabalhados nas áreas de segurança pública e defesa social do Estado. A reunião foi realizada nesta quinta-feira, 15/12/2016 na ALMG.

Segundo o deputado Sargento Rodrigues, Presidente da Comissão, a grande preocupação é devido há uma enorme necessidade de aproveitamento dos agentes contratados pela experiência adquirida ao longo do tempo. “Eles fazem um trabalho grandioso e muito difícil. Temos pessoas com 10,15 ou 20 anos de contratos. Não podemos esquecer das pessoas, como seres humanos, que estão ali trabalhando”, ressaltou.

“Se tem algum culpado, quem cometeu o erro foi o Estado, que renovou os contratos ao longo de décadas. O que conta muito é a experiência desses agentes, pois exercem uma atividade insalubre, perigosa e difícil. O cárcere, por si só, já possui aquela morrinha de presos”, esclareceu Rodrigues.

Sargento Rodrigues lembrou, ainda, do Projeto de Lei, de sua autoria, que foi aprovado na ALMG e dispõe sobre a vigilância sanitária nos estabelecimentos prisionais. O PL determina que cada estabelecimento prisional será sujeito a controle sanitário nos termos definidos pelo Código Estadual de Saúde, como também fixará rotina de inspeções sanitárias nos estabelecimentos.

Ainda segundo o parlamentar, não há nenhuma nova penitenciária no Estado e a população carcerária aumentou consideravelmente, causando uma superlotação. Rodrigues deu o exemplo da penitenciária Nelson Hungria que possui mais de 2 mil presos. Esses agentes, com suas experiências, sabem como manter o equilíbrio no cárcere.

1116488 optNa ocasião, Rodrigues também informou que o Estado começou a demitir os agentes contratados, mas deveria cortar os recursos de outras áreas, como os R$100 milhões para a propaganda oficial aprovado para o orçamento do ano que vem; cerca de R$1 milhão com fretamentos de jatos e R$250 mil com encontros da juventude do PT. “As cadeias estão superlotadas. A população carcerária cresceu muito e não houve contratação de mais agentes. É possível nomear os concursados sem demitir os contratados porque há necessidade de mais agentes.

Jornalista da Rádio Itatiaia e da TV Record, Carlos Viana, afirmou que acompanha a área da segurança pública em Minas Gerais há cerca de 20 anos e que está havendo um retrocesso no setor. “O que está em questão aqui é que o sistema prisional está superlotado e a população pede a diminuição os índices de criminalidade e violência”, disse. Para ele, os concursados são legítimos, mas o sistema continua deficitário. “Demitir não representa economia e sim má administração e gestão da defesa social”, enfatizou.
Carlos Viana disse, ainda, que segurança não é gasto, mas investimento e que a experiência dos agentes que já estão no sistema será benéfica, inclusive, para o os servidores que serão nomeados.

“Quantos cargos comissionados temos na Prodemge e na Cemig? Eu já pedi a informação, mas não me encaminham. Esta verba deveria ser gasta com pessoas que trazem benefícios a população”, completou Viana.

Na oportunidade, o diretor do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp-MG), Wesley Alexandre Duarte, enfatizou que o governo está agindo com covardia ao demitir agentes que exercem a função há mais de 20 anos no sistema prisional. Ele também defendeu a realização de novos concursos, com critérios que beneficiem a experiência dos agentes contratados.

O presidente da União Mineira dos Agentes de Segurança Prisional (Unimasp-MG), Ronan Rodrigues, alertou que as demissões serão irreversíveis caso não haja pressão da categoria. “Se vocês não lutarem, serão demitidos”, disse. Segundo ele, cerca de quatro mil servidores serão desligados do sistema até fevereiro do ano que vem. “Precisamos preencher 6 mil vagas e só temos 4.500 agentes”, afirmou.

"Defendo o ingresso dos concursados, mas o deficit continuará alto. Deve haver um novo concurso em março de 2017. Portanto, precisamos lutar pela inclusão da experiência como critério de pontuação”, defendeu Ronan.

Em relação ao sistema socioeducativo, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo (Sindsisemg), Alex Batista Gomes, informou que o sistema socioeducativo fez um acordo para que as demissões sejam feitas apenas no final dos contratos, quando a nomeação no caso de servidor aprovado em concurso ou em caso de agentes que respondem a processos administrativos. “Os contratos vencem a partir de agosto e, os que não têm impedimentos, estão sendo renovados. Sugiro que o sistema prisional negocie da mesma forma”, concluiu.

Já o subsecretário de Atendimento às Medidas Socioeducativas da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Danilo Emanuel Salas, enfatizou que a missão da Secretaria de Estado de Defesa Social é humanizar o sistema. Ele também anunciou que está sendo preparada, em conjunto com os sindicatos da categoria, uma listagem de critérios para aproveitar os servidores experientes, mas também a nova geração de concursados.

1116536 optDanilo Emanuel Salas também projetou um novo modelo para que todos os contratados que forem demitidos tenham outras opções de trabalho. “A lei será cumprida, mas há a intenção de minimizar as perdas. Nosso princípio é conseguir humanizar o sistema cuidando das pessoas. Vamos ter o mínimo de impacto nessas transmissões”, afirmou.

O subsecretário de Atendimento às Medidas Socioeducativas informou, ainda, que foi implantado novo modelo de capacitação permanente e que será implementado novo plano de carreira para os agentes socioeducativo até o final de 2017, além de ações de transparência nas atividades da subsecretaria e no cuidado com a saúde e assistência social dos servidores.

Ao final, o deputado Sargento Rodrigues apresentou requerimento para que seja encaminhado ofício ao Governador do Estado e ao Secretário de Estado de Administração Prisional com pedido para que seja adotado no sistema prisional o mesmo modelo de transição humanizada do regime de trabalho de agentes por contratos administrativos para o regime de trabalho de agentes aprovados em concurso público que foi adotado com êxito no sistema socioeducativo do Estado.

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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do Deputado Sargento
Rodrigues desenvolvidas ao
longo de sete mandatos na
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