A realidade enfrentada pelas corporações

Associações e sindicatos dos servidores da segurança trouxeram à tona a realidade enfrentada pelas corporações.

Condição insalubre de trabalho, falta de segurança e de efetivo, viaturas em péssimas condições, coletes vencidos, superlotação de unidades prisionais e socioeducativas, são alguns dos problemas foram relatados e demonstrados em fotos e vídeos exibidos por eles, durante audiência da Comissão de Segurança Pública, nesta terça-feira (15/03), para discutir o cumprimento da estrita legalidade por parte das forças de segurança e o dever do Estado de assegurar a adequada prestação do serviço público.
A intransigência do governo em não dialogar com os servidores e o não cumprimento do acordo firmado em 2019, para a reposição das perdas inflacionárias, levou a classe para a estrita legalidade. Autor do requerimento, o deputado Sargento Rodrigues afirmou que os servidores estão seguindo à risca a fala do governador, durante coletiva à imprensa na semana passada. “Zema afirmou que em Minas se cumpre a lei e é isso que estão fazendo. Não se deve aceitar trabalhar sem condições adequadas de equipamentos, sem supremacia de força. Além disso, obrigar o uso de recursos próprios no desempenho da função caracteriza enriquecimento ilícito do estado”, afirmou.
Todos cobraram que o governo cumpra sua obrigação de assegurar as condições de trabalho adequadas, que reconheça os direitos da classe e reafirmaram que a estrita legalidade vai continuar até quando for necessário. Também confirmaram a manifestação do dia 21/03, na Cidade Administrativa.
Os secretários de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto; de Fazenda, Gustavo Barbosa; e o secretário adjunto de Fazenda, Luiz Cláudio Fernandes, foram convocados para a reunião. Mais uma vez, ao serem questionados, mantiveram a estratégia adotada pelo governo de responder de forma técnica e pouco objetiva, comparando números com gestões anteriores, e se agarrando em interpretações jurídicas feitas apenas para servir aos próprios interesses. Para Sargento Rodrigues, o governo não está medindo a gravidade da situação. “Até então, ele não conhece a real estrita legalidade. Quando conhecer, vai entender o valor dessa classe.”

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