Comissão de Segurança Pública debate a falta de segurança dos taxistas e usuários
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- Criado: Terça, 04 Junho 2013 14:22
O Deputado Sargento Rodrigues, autor do requerimento para a reunião, se preocupa com os taxistas, devido às reclamações dos sindicatos e associações. Segundo o deputado, os assaltos aos taxistas cresceram em média em 55%.
De acordo com o Deputado Sargento Rodrigues, os taxistas correm muito risco. “O taxista trabalha numa atividade que na sua essência ele corre risco, pois anda sozinho”, disse.
Rodrigues afirma que os taxistas precisam de apoio do poder público, principalmente aqueles que trabalham no turno da noite. Eles precisam de mais atenção, pois este transporte não pode ser substituído.
Ricardo Luiz Faedda, Diretor Financeiro do Sincavir, explica que a classe sente falta de segurança. De 2008 até hoje, foram 5 mortes por assalto, sendo a última em janeiro deste ano em Venda Nova.
Dados mostraram que o bairro Castelo é um dos mais violentos da Capital, obtendo cerca de 7 assaltos no mês de maio.
Os taxistas cobram mais ações da Polícia Militar, como a operação “Para Pedro” ou “São Cristovão”.
Uma das soluções apresentadas na reunião para diminuir esses assaltos é o aumento das máquinas de cartões, pois diminuirá o dinheiro em espécie. Para alguns taxistas essas máquinas são inviáveis devido a seu custo/benefício.
De acordo com José Estevão de Jesus de Paulo, Presidente da ACAT (Associação dos Condutores Auxiliares de Táxi), muitos operadores de táxi quando são assaltados não fazem o boletim de ocorrência, pois há muita demora e eles pensam em recuperar pelo menos o valor da diária.
Há um projeto que a classe batalha por um sistema de segurança por câmera, que filmará a entrada e a saída de passageiros que enviará em tempo real para uma central, que poderá ser da Polícia Militar, diminuindo assim esses assaltos.
A Bhtrans informa que a vistoria feita nos veículos permite uma maior segurança aos usuários e operadores. Os novos táxis são vistoriados com sistema biométrico, mas o problema é o alto custo da tecnologia de informação.
Segundo o Delegado Coordenador do 1º Departamento de BH, Marcelo Carvalho Ferreira, é muito importante que o taxista faça ocorrência. “É muito importante registrar a ocorrência, importante para investigação e estatísticas da Polícia Civil”, afirma.
Para o Tenente Coronel da Polícia Militar, Eduardo Lucas de Almeida, Subdiretor da Diretoria de Apoio Operacional, a operação “Para Pedro” ou “São Cristovão” é a mais eficaz. Ele explica que o maior desafio da Polícia Militar é no dia-a-dia, pois nos grandes eventos, como Copa do Mundo e Copa das Confederações, a Polícia se mobilizará e irá fazer uma boa cobertura.
Rodrigues afirma que nada substitui a presença da Polícia. “A Polícia precisa fustigar mais. Precisa abordar com mais frequência. Ela deve agir desarmando o criminoso”, disse.
Dados mostrados durante a audiência pública mostram que os bairros Castelos, Santa Efigênia e Belvedere são os mais afetados em Belo Horizonte.
No final da audiência pública foi aprovado requerimento, de autoria do Deputado Sargento Rodrigues, para a realização de uma reunião com o Coronel Brito, Chefe do Estado Maior da Polícia Militar, para que os representantes dos taxistas possam ser ouvidos junto com a comissão. Nesta visita, será entregue o relatório dessa audiência pública e será cobrado mais efetividade das ações da Polícia Militar.
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