Deputado Sargento Rodrigues cobra providências do Congresso Nacional sobre Procurador de Justiça de Minas Gerais que falou de “miserê” e compara a situação de penúria dos servidores da segurança pública
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- Criado: Quinta, 12 Setembro 2019 14:27
Na tarde desta quarta-feira, 11/9/2019, o deputado Sargento Rodrigues utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para criticar o procurador de Justiça, Leonardo Azeredo dos Santos, do Ministério Público de Minas Gerais, o qual classificou de "miserê" seu contracheque de R$ 24 mil, valor líquido, sendo seu salário bruto de R$ 35.462,50.
No áudio veiculado pela rádio Itatiaia no dia 9/9/2019, o procurador Leonardo Azeredo questionou o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Toné, durante discussão do orçamento da instituição para 2020, no dia 12 de agosto. “Como é que o cara vai viver com 24 mil reais? Eu, infelizmente, não sou de origem humilde. Eu não sou acostumado com tanta limitação. Já estou baixando meu padrão de vida bruscamente. Eu já estou fazendo a minha parte. Deixei de gastar 20 mil no cartão de crédito e passei a gastar 8 mil, para poder viver com meus 24 mil reais. Mas eu e muitos outros já estamos vivendo a base de comprimido. Eu estou falando aqui à base de dois ansiolíticos por dia. Quero saber se nós, ano que vem, vamos continuar nessa situação ou se Vossa Excelência já planeja algo, dentro de sua criatividade, para melhorar nossa situação. Ou se vamos continuar nesse miserê aí”. Estes são trechos do áudio.
Na oportunidade, Rodrigues demonstrou sua indignação quanto ao assunto, mostrando que, apenas este ano, o procurador já recebeu 562 mil reais. Já em 2018, ele embolsou 885 mil reais. Em 2017, 854 mil. Em 2016, 761 mil. Em 2015, 764 mil e, em 2014, 344 mil reais. Segundo a matéria do jornal Estado de Minas, este procurador custou mais de 4 milhões de reais para os contribuintes nos últimos cinco anos. “Já imaginou como estão os soldados, investigadores, os agentes penitenciários, socioeducativos, os bombeiros, as professoras e professores diante de uma matéria dessa? Eles que estão tomando rivotril”, afirmou.
O parlamentar ressaltou que, enquanto o procurador reclama de receber o “miserê” de 24 mil reais, os servidores da segurança pública estão há 3 anos e 8 meses com salários parcelados e há quatro anos e meio sem reposição das perdas inflacionárias, que já chega 28,68%, segundo o IPCA.
Ao final, Sargento Rodrigues destacou que a Comissão de Administração Pública da ALMG aprovou dois requerimentos, de sua autoria, para que sejam encaminhadas as notas taquigráficas, bem como o CD com o áudio da fala do procurador de justiça do Estado, Leonardo Azeredo dos Santos, veiculado na Rádio Itatiaia, aos 513 deputados federais, aos 81 senadores, ao presidente da República e ao ministro-chefe da Casa Civil, como também aos membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, para que tomem previdências, criando um teto salarial que seja respeitado por todos.
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