Falta de efetivo e deficiência na logística por parte do governo deixa Betim em estado crítico com o avanço da violência e da criminalidade
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- Criado: Quarta, 09 Agosto 2017 12:46
Na manhã de hoje, 8/8/2017, foram discutidas em audiência pública, na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, medidas para o enfrentamento da criminalidade no município de Betim, Minas Gerais.
O deputado Ivair Nogueira (PMDB), autor do requerimento, afirmou ter solicitado a sessão em função de Betim ser considerada hoje a cidade mais violenta de Minas Gerais, consequência, segundo o parlamentar, da falta de prioridade em Segurança Pública por parte do governo atual e dos anteriores.
Segundo o deputado Sargento Rodrigues, presidente da Comissão, a situação da Segurança Pública no estado exige a prática do “feijão com arroz”, e não um plano mirabolante, o que só é possível com a ação do governo estadual, para que haja efetivo nas polícias Militar e Civil, e melhorias nas condições de trabalho e de logística, como a disponibilização de viaturas, armamento, equipamentos de polícia técnica e científica, munições e coletes à prova de balas, por exemplo. “O governo não pode brincar de fazer Segurança Pública”, ressaltou o deputado.
Rodrigues também fez um apelo ao coronel Mauro Lúcio de Moura, que estava representando o coronel Helbert Figueiró de Lourdes, Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, sobre fazer estas cobranças ao governo, uma vez que, com o baixo efetivo em Betim, e em todo o estado, os policiais ficam cada vez mais expostos, correndo risco de vida.
Segundo o Coronel, o mais grave em Betim também é o baixo efetivo e aponta que o município tem hoje cerca de 230 policiais a menos do que seria o ideal para atender a população de 420 mil habitantes.
Diante da cobrança dos deputados da Comissão sobre os 1400 inquéritos de homicídios, o delegado Kleyverson Rezende, representando João Octacílio Neto, chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, também reafirma que só o aumento de efetivo pode mudar essa situação atual.
Além do coronel Moura e do delegado Rezende, estiveram presentes o defensor público Rômulo Carvalho, representando Christiane Neves Malard, defensora pública geral do estado de Minas Gerais, o advogado Luiz Guilherme Leal, representando Erlinda Maria Silva, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Betim, o Tenente Coronel Luciano Vivas, comandante do 33o Batalhão da PM, e o Tenente Coronel Adriângelo Chaves, comandante do 66o Batalhão da PM.
Providências da Comissão de Segurança Pública
O deputado Sargento Rodrigues se propôs a continuar acompanhando e denunciando a falta de estrutura dada às polícias e apresentou requerimento para que seja realizada visita técnica aos 33º e 66º batalhões da Polícia Militar e à 2ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Betim para conferir no próprio local, as condições de trabalho e logística dos policiais civis e militares.
Outros dois requerimentos apresentados solicitam a visita ao Ministério da Justiça, com a presença de deputados federais e de senadores estaduais, para promover a integração das polícias Civil e Militar com a Polícia Federal e com a Polícia Rodoviária Federal, e requerem o envio do pedido de providências ao Governador do Estado, ao Secretário de Estado de Segurança Pública e ao Chefe da Polícia Civil para promover a nomeação de uma turma de 500 investigadores de polícia, dentre os cerca de 1.300 candidatos excedentes do concurso que se encontra em andamento.
Concluindo a audiência, o último requerimento apresentado solicita o envio do pedido de providências ao governador do Estado, ao Secretário de Estado de Segurança Pública, e ao Comandante Geral da Polícia Militar, para promover a nomeação dos cerca de 200 candidatos excedentes do concurso de soldados da PMMG, que se encontra em andamento e que, ao final da formação, uma parcela significativa seja destinada a 2ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais.
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