Pimentel e Comandante-Geral da PMMG estão querendo derramamento de sangue
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- Criado: Quarta, 16 Novembro 2016 18:59
Os servidores da segurança pública de Minas Gerais queimaram caixões em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tarde desta quarta-feira, 16/11/2016, ocasião em que manifestaram contra os atos do Governador do Estado, Fernando Pimentel, do PT.
Na oportunidade, os servidores lotaram as galerias e gritaram "Pimentel ladrão", quando o deputado Ulisses Gomes fazia a leitura do parecer do relator Rogério Correia (PT), favorecendo o governador Fernando Pimentel, que é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, também da base governista, convocou a tropa de choque da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O deputado Sargento Rodrigues denunciou que o Comandante-Geral da PM, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, com esta atitude de enviar a tropa de choque, estava querendo derramamento de sangue entre os servidores da segurança pública, da reserva e reformados, de um lado, e os policiais militares do pelotão de choque, de outro lado.
Na ocasião, o deputado Sargento Rodrigues levou cerca de 300 manifestantes até a capela da ALMG, onde estava o pelotão de choque da PMMG. Durante o encontro, Rodrigues e os presidentes das entidades de classe esclareceram que a luta é em defesa de todos os servidores da segurança pública, da ativa, da reserva, aposentados e reformados. Eles cantaram o hino da polícia militar e todos os policiais do choque foram abraçados pelos colegas.
“Infelizmente o Comandante-Geral da PM vestiu a camisa do PT e pregou sua estrela no peito, abandonando a tropa e tentando, nos bastidores, colocá-la contra as lideranças de classe e políticas”, destacou Sargento Rodrigues.
Enquanto era lido o parecer que não autorizava a instauração de processo contra o Governador de Minas Gerais, o deputado Sargento Rodrigues exibia um pé de alface, senha de Pimentel para receber propina de R$ 500 mil, segundo delação de Marcelo Odebrecht na segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
A categoria fez uma manifestação pacífica e as principais reivindicações eram o pagamento integral no 5º dia útil, a reposição da inflação de 11,22% na data-base e o pagamento do 13º salário, ressaltando que o Governo do Estado está parcelando, em três vezes, desde janeiro deste ano, o salário de 157 mil servidores públicos.
Participaram do movimento o deputado estadual Sargento Rodrigues, o deputado federal Subtenente Gonzaga, o Presidente do Centro Social de Cabos e Soldados (CSCS), Cabo Coelho, o Presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (ASPRA), Sargento Bahia, o Presidente da Associação dos Servidores do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Minas Gerais (ASCOBOM), Sargento Alexandre, o Presidente da Associação dos Militares Estaduais de Minas Gerais (ÁMEM), Tenente-Coronel Russo, o vereador eleito de Juiz de Fora, Sargento Melo, o representante dos boinas marrons, Tenente Herbert, e o Tenente-Coronel Mendonça.
Ao final, simbolizando o descontentamento da tropa em relação aos atos do governo, os servidores fecharam a Rua Rodrigues Caldas e queimaram caixões em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Novas estratégias já estão sendo preparadas.
“O mais importante é que nós temos um grupo de companheiros e companheiras que vão resistir bravamente ao lado das lideranças”, enfatizou Rodrigues.
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