Comandante-Geral da PMMG esquiva-se e joga a culpa no cerimonial do Governo

14054486 1173347049405065 8428982692694317395 oO comandante-geral da PMMG, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, compareceu à audiência pública remarcada para esta quarta-feira, 24/8/2016, após oficiais da PMMG não comparecerem a três convocações da comissão de segurança Pública da ALMG para prestarem esclarecimentos, quando impediram que o deputado Sargento Rodrigues e representantes das entidades de classe dos servidores da segurança pública entrassem em praça pública para manifestarem, de forma pacífica, o descontentamento com o parcelamento dos salários dos servidores do Estado, no dia 21/4/2016, em Ouro Preto.

O Comandante-Geral da PMMG com receio de ser apertado durante a audiência pública, convocada pelo deputado Sargento Rodrigues, estava acompanhado de 14 Coronéis do alto-comando da Corporação.

Durante a reunião, Sargento Rodrigues fez um retrospecto sobre os fatos ocorridos em Ouro Preto, cobrando do Coronel Bianchini respostas quanto à grave violação de direitos humanos praticada contra o parlamentar, os presidentes das entidades de classe da PMMG e do CBMMG, policiais militares, assessores que participavam da manifestação pacífica em Ouro Preto.

De acordo com o parlamentar, os oficiais infringiram a Constituição da República, especialmente os direitos de ir e vir, de manifestação e de liberdade de expressão e garantias com natureza de cláusulas pétreas, em cumprimento à ordem do governador do Estado para não deixar nenhum dos manifestantes chegarem à praça onde ocorreu a solenidade. Os manifestantes que portavam apenas faixas e camisetas com frases que repudiavam o parcelamento dos salários dos servidores do estado, foram barrados à base do cordão de isolamento formado pelo batalhão de choque e agredidos com jatos de gás lacrimogênio lançados pelos militares.

Na mesma comemoração, cerca de dois mil integrantes da CUT e do MST entraram livremente ao local da solenidade, sem nenhum tipo de credenciamento e ou identificação.“Saímos de Belo Horizonte apenas para reivindicar o pagamento dos servidores estaduais no 5º dia útil. A única arma que carregávamos eram faixas e camisas com dizeres. Por isso cobramos esclarecimentos de quem foi a ordem dada para não entrarmos, uma vez que integrantes da CUT e MST tinham livre acesso”, enfatizou Rodrigues.

14068513 1173347052738398 2832898382253524711 oApós ouvir a manifestação dos presidentes das entidades de classe presentes que enfatizaram, uma vez mais, o sentimento de tristeza pelo episódio e de extrema covardia ao cercearem os direitos daqueles que estavam ali defendendo interesses de uma classe como um todo, inclusive, que impacta a vida de praças e oficiais da corporação, o comandante-geral da PMMG, Marco Antônio Badaró Bianchini, não respondeu os questionamentos do deputado Sargento Rodrigues, limitando-se a dizer apenas que a ordem não partiu do comando, que as ordens estabelecidas vinham do cerimonial do Governo, que definiram que só teria acesso à solenidade quem estivesse previamente credenciado. Ao ser indagado pelo parlamentar, quem era o responsável pelo cerimonial, o Comandante-Geral afirmou ser “uma tal de Mariana”. “A tropa cumpriu as recomendações que foram dadas. Havia uma recomendação do cerimonial do governo, responsável pela organização do evento, para passar apenas pessoas convidadas e credenciadas”, disse.

Sargento Rodrigues, por diversas vezes, interpelou Bianchini que reafirmou não ter dado ordem para os policiais utilizarem gás lacrimogênio e, muito menos, barrarem os manifestantes.

14137971 1173347062738397 719176692401472832 oAo final da reunião, Rodrigues afirmou que após oficiais terem desrespeitado a convocação da comissão de Segurança Pública, o comandante-geral da PMMG não esclareceu absolutamente nada. “O coronel se esquivou e não respondeu os principais questionamentos feitos. Estou convicto de que houve sim, crime de abuso de autoridade, previsto na Lei 4.898/1965, Artigo 3º, por impedir o direito de ir e vir não só meu, na condição de cidadão, mas das demais pessoas que ali se encontravam”, afirmou.

O parlamentar enfatizou também que “ficou claro nas falas dos coronéis Bianchini e Helbert Figueiró que o governador, Fernando Pimentel, do PT, escolheu através de uma empresa privada quem poderia entrar na solenidade. Praça pública não pode ser privatizada por nenhuma autoridade, seja ela Governador ou Presidente da República”, completou.

Sargento Rodrigues informou, ainda, que os quatro oficiais que comandavam a tropa de choque em Ouro Preto estão sendo processados criminalmente por ele, como também está movendo uma ação cível por danos morais.

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