Moradores solicitam fechamento de unidade de medidas socioeducativas no Bairro Itapoã

DSC 0428 optA mudança de endereço da unidade de atendimento às medidas socioeducativas da Secretaria de Estado de Defesa Social, localizada na Rua Monte Castelo, no bairro Itapoã, em Belo Horizonte, foi discutida durante audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na noite desta segunda-feira, 23/3/2015.

Durante a reunião, a representante dos moradores, Ana Cristina Drummond, afirmou que a unidade de medidas socioeducativas foi instalada em novembro de 2014 e possui 20 adolescentes para serem ressocializados e que trazem desassossego aos moradores. “O que temos aqui no bairro é uma aflição de todos os moradores. É preciso nos unir neste momento. Não somos contra a ressocialização destes menores, mas isto não está acontecendo”, disse.

Ainda segundo Ana Cristina Drummond, os vizinhos encontram drogas escondidas nos jardins de suas casas, além de sentirem o cheiro das drogas usadas pelos menores. Depois das aulas eles fazem orgia no bairro. “Depois da aula, eles são o terror do bairro. Eles ficam batendo na porta, gritando e acordando a vizinhança”, afirmou. Ana Cristina destacou que é necessário cobrar dos órgãos públicos para que o trabalho seja efetivo. “Não tem ninguém contra a ressocialização, mas não fomos consultados sobre a instalação desta casa”, explicou.

DSC 0056 optAna Cristina ressaltou que depois da instalação da unidade, o bairro se tornou um “terror” e que os moradores precisam que ela seja realojada. “O nosso pedido é que a Comissão de Segurança Pública olhe por nós. Que ela tome as providências necessárias para que essa casa seja realojada para um local maior”, esclareceu.

O Vice-Presidente do Clube XV Veranistas, José Salomé Novais Neto, afirmou que a casa traz desassossego na região desde que foi implantada. Segundo ele, uma amiga suspeitou de um homem e conseguiu contactar com um amigo que foi buscá-la. Eles seguiram o suspeito, que entrou na unidade de medida socioeducativa.

Segundo o Secretário de Administração Regional Municipal Pampulha, João Gualberto Costa da Silva Filho, houve fiscalização no local, onde foi detectado que a casa não possui alvará de funcionamento. Ele se colocou à disposição dos moradores e repassará a situação ao Estado.

Em contato com o Secretário de Defesa Social, Bernardo Santana, o deputado Sargento Rodrigues afirmou que tratará do assunto com muita responsabilidade, transparência e cobrará, pessoalmente, do Secretário de Defesa Social para dar um retorno.

DSC 0315 optDe acordo com o parlamentar, a situação é muito grave, pois as pessoas saem para trabalhar e não sabem o que acontece na unidade socioeducativa do Estado. Além disso, o Governo não consultou os moradores se eles queriam a instalação da casa. “Esses menores costumam ser bandidos perigosos. Estou achando a fala de vocês muito branda”, afirmou.

Para o morador José Ferreira, o problema é recorrente e há muitos assaltos. “Moro há muitos anos no bairro Itapoã. Há assaltos dia e noite. A melhor forma de resolver o problema é inserir os menores no mercado de trabalho com a ajuda da FIEMG e CDL”, explicou. José Ferreira também esclareceu que a patrulha realizada pelos policiais militares é muito importante, pois impõe respeito.

Já a moradora Maria Luiza Silveira afirmou que mora em frente a unidade de atendimento às medidas socioeducativas e se sente ameaçada. “Chego por volta de 22h50min em casa e já chamei a polícia duas vezes porque eles ficam esmurrando a porta da casa e ninguém abre. Aqui não é um local para a instalação desta casa. Que tipo de recuperação é esta se estamos em uma zona de tráfico de drogas e prostituição? Que tipo de lei é esta que nós temos que aguentar esses desaforos destes menores amparados pela lei?” questionou.

DSC 0119 optSargento Rodrigues destacou que a casa deve ser transferida do local urgente. “Pelas falas, a casa está uma verdadeira balburdia. Não é a melhor medida permanecer com esta casa aqui. Ela tem que ser levada para um local onde não há famílias”, ressaltou. Como exemplo, Rodrigues explicou que quando alguém comete latrocínio, primeiro deve ter punido e depois ressocializado.

O comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar, Tenente-coronel Eduardo Domingues Barbosa, se comprometeu a intensificar o policiamento na região. “Nós vamos nos desdobrar, vigiar as ruas e abordar estes jovens”, destacou.

Ao final, os parlamentares aprovaram requerimento solicitando ao Governo do Estado o fechamento de unidade de cumprimento de medidas socioeducativas instalada no bairro Itapoã, além de pedido para enviar ofício à Secretaria de Defesa Social (SEDS) para obter informações sobre o número de jovens internados no local e sobre os atos infracionais cometidos por eles; envio de ofício ao Comando da PM para que se reforce o policiamento ostensivo na região e o envio de notas taquigráficas da reunião a SEDS.

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