Deputado Sargento Rodrigues participa de reunião com Promotores, Procuradores e integrantes de Movimentos Sociais
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- Criado: Quarta, 14 Maio 2014 19:19
O deputado Sargento Rodrigues participou da reunião de instalação da “Comissão Geral para atuação na Copa do Mundo”, representando a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira, 14/5/2014, na Procuradoria-Geral do Ministério Público Estadual, com o Dr. José Antônio Baeta. Também participaram do encontro, os integrantes do “Grupo Especial para atuação em eventos esportivos e acompanhamento de manifestações sociais correlatas e da Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares”, além da Comandante do Policiamento da Capital, Coronel Cláudia Romualdo, o Comandante do Policiamento Especializado (CPE), Coronel Carvalho, e a Delegada de Polícia Civil, Dra. Andrea Vacchiano.
Durante a reunião, os representantes dos movimentos sociais questionaram as ações da Polícia Militar, quais as estratégias e os tipos de materiais que serão utilizados durante as manifestações que ocorrerão nos dias de jogos da Copa do Mundo em Belo Horizonte, como balas de borracha, canhão sonoro e bombas de tinta.
O deputado Sargento Rodrigues lembrou que nas manifestações que ocorreram durante a Copa das Confederações, em 2013, 21 policiais militares ficaram feridos e um foi baleado. Ele esclareceu que o convite do Procurador José Antônio Baeta, para formalizar esta Comissão, foi com o intuito de estabelecer diálogo, numa tentativa de prevenir atos de violência. “Não tem como participar de uma comissão onde “líderes” de movimentos populares a todo momento apontam violências praticadas por policiais e simplesmente ignoram toda a violência que foi praticada e documentada, amplamente pela imprensa, por determinados grupos durante as manifestações da Copa das Confederações. Sou ferrenho defensor dos movimentos sociais, mas os policiais militares também foram agredidos com pedradas, bola de sinuca, coquetel molotov, pedaços de pau, esferas de chumbo”, afirma.
De acordo com o Comandante do Policiamento Especializado (CPE), Coronel Carvalho, todos os materiais utilizados pela Polícia Militar são testados e avaliados para que reduza o impacto e que as pessoas não sejam feridas. “Todos os equipamentos utilizados pela Polícia Militar são testados para reduzir o impacto físico nas pessoas e estão cada vez mais avançados. Em relação ao canhão sonoro, ele provoca a perda do equilíbrio nas pessoas e reduzirá os impactos nos confrontos”, ressalta. O Comandante destacou, ainda, que apesar da polícia possuir materiais letais, eles não serão utilizados.
Em relação ao uso de balas de borracha, o Comandante afirmou que gostaria que fizessem uma legislação para que os manifestantes não pudessem agredir os policiais militares. “Da mesma forma que vocês querem que parem de usar balas de borracha, também queríamos uma legislação para que do outro lado parem de usar pedradas e chumbadas”, afirma.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais e de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim), Marcelo Mattar Diniz, disse que a Polícia Civil instaurou mais de 100 inquéritos, mas a demora na conclusão é devida a dificuldade de reconhecimento por causa do uso de máscaras.
A advogada Rosária, da Rede de Advogados Populares, que atua nacionalmente em defesa dos integrantes dos movimentos sociais, afirmou que é muita polícia e pouca defesa e solicitou a ajuda de mais advogados para as manifestações.
Durante o encontro, ficou evidente que os “lideres” dos movimentos populares quando se referem a Polícia Militar, já a colocam no banco dos réus. Por eles não haveria policiamento e os movimentos sociais fariam qualquer coisa nas ruas e em praças públicas.
O deputado Sargento Rodrigues participou, exatamente, para lembrar aos Promotores, Procuradores, advogados, Defensores Públicos e integrantes dos movimentos sociais, que uma coisa é manifestação social pacífica e democrática. No entanto, a participação de grupos radicias, como “black blocs”, anônimos e tantas outras pessoas que acabam aderindo a estes grupos, passam a enfrentar os policiais, promovendo uma verdadeira desordem, cometendo uma série de crimes, danificando o patrimônio público e privado, crimes de formação de milícia, desacato a autoridade e tentativas de homicídio contra os policiais. “Neste sentido, estou vigilante para que principalmente o Ministério Público e a Defensoria Pública não se coloquem ao lado de vândalos e criminosos, esquecendo-se da legalidade e da ordem pública”, ressalta Sargento Rodrigues.
Ao final, o deputado Sargento Rodrigues disse que a instalação da Comissão é uma tentativa de construir algo melhor. “Que tenha um movimento social democrático, livre, com o menor número de traumas possíveis”, destaca.
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