"Se não lutarmos juntos pelo IPSM, correremos o risco de perder o que construímos de mais precioso na Polícia e Corpo de Bombeiro Militar"

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia esteve hoje (22/02) no Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais (HPM) para verificar as condições de funcionamento e os recursos disponíveis para realização e manutenção dos atendimentos. Diante do rombo de quase R$ 3 bilhões provocado pelo não repasse de recursos do Governo para o IPSM, vários convênios estão sendo cortados por falta de pagamento, principalmente no interior do Estado. O montante desviado inclui contribuições patronais e valores que são descontados no contracheque dos servidores.

Os deputados estaduais Sargento Rodrigues, presidente da Comissão, e João Leite, além do deputado federal Subtenente Gonzaga e dos presidentes das entidades de classe, ASPRA, CSCS e ASCOBOM, foram recebidos pelo Diretor de Saúde da PM, Coronel Márcio Flávio de Moura Linhares, e pelo Diretor do HPM, Tenente Coronel PM André Luiz Dias Machado. Também acompanharam a reunião o Major Lousada, e as Tenentes Coronéis Cláudia, médica pediatra e Rúbia, chefe de enfermagem do hospital.

Esta é a segunda vez que a Comissão visita o Hospital. A primeira delas foi em 2015, quando já havia dificuldades em razão da restrição orçamentária, com consequente piora nas condições de atendimento. Sargento Rodrigues esclareceu que o volume de reclamações sobre a falta de atendimento médico e odontológico no interior tem aumentado consideravelmente nos últimos meses. São inúmeros os relatos que chegam, tanto em seu gabinete como para as entidades de classe. Com isso, cresce também a preocupação em relação à capacidade de atendimento da rede orgânica da PM, já que os militares e seus dependentes acabam precisando recorrer à capital.

O HPM atende hoje cerca de 2 mil consultas por dia e tem em torno de duzentos pacientes internados. O Coronel Linhares tentou tranquilizar os deputados, garantindo que o valor referente à manutenção da rede orgânica está sendo repassado em dia pelo IPSM ao hospital. O deficit é justamente da parte que cabe ao Governo repassar para o Instituto, destinado ao pagamento da rede de convênios e credenciados.

Sargento Rodrigues reforçou que a maior preocupação que tem hoje é sobre como caos que está se instalando no interior impactará no HPM e nos Núcleos de Atenção à Saúde – NAIS. “Com os cortes dos convênios, por falta de pagamento, a tendência é que os militares tenham que se deslocar até as cidades polos, em casos mais simples, e até a capital, para procedimentos mais elaborados. Além de problemas logísticos para atendimento dessa excedente demanda, não podemos ignorar o risco para a saúde, em casos mais complexos, que esse deslocamento representa e o custo que o servidor, que já paga pelo serviço, terá com o deslocamento”, ressaltou.

O deputado citou o caso de um policial militar destacado no Norte de Minas, que teve que se deslocar com a família até Montes Claros para buscar atendimento para seu filho, de apenas 19 dias, e para sua esposa, que está com problemas de saúde pós-parto, levando com eles o outro filho, de pouco mais de dois anos de idade. Chegando lá, tiveram atendimento negado nas especialidades procuradas, pois o convênio estava suspenso por falta de pagamento. “Já imaginou o desespero desse militar, que antes de tudo é um ser humano e pai? Qual a segurança emocional ele tem para assumir seu posto e cuidar da segurança da população? A sociedade também pagará pelo calote que o Governo Estadual está dando no IPSM! Precisamos pensar sobre isso”, ressaltou.

Diante da situação, os deputados, bem como os presidentes das associações de classe que participaram da reunião, reforçaram a necessidade de que todos, do soldado ao coronel, estejam empenhados em cobrar do Governo o pagamento da dívida. “Se não lutarmos juntos pelo IPSM, correremos o risco de perder o que construímos de mais precioso na Polícia e Corpo de Bombeiro Militar”, conclamou Sargento Rodrigues, ressaltando que, até o momento, os Comandantes da Polícia e do Corpo de Bombeiros não fizeram sequer uma manifestação em favor do Instituto. Ele fez questão de deixar claro ao Coronel Linhares, ao Tenente Coronel André Luiz e demais membros do HPM presentes que o principal objetivo da Comissão é conhecer a realidade da assistência à saúde dos militares de Minas para, então, somar esforços em busca das melhorias e soluções para as atuais dificuldades.

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