Governo de Minas Gerais está maquiando dados sobre a violência no Estado, enquanto a população sofre com o avanço do crime

1180205A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou audiência pública, na manhã desta terça-feira, 29/8/2017,para debater a segurança pública nas regiões da Pampulha, Céu Azul e Venda Nova, em Belo Horizonte. O deputado Sargento Rodrigues, autor do requerimento que deu origem a reunião, foi procurado pelos moradores da associação dos bairros da Região da Pampulha, os quais solicitaram a ajuda do parlamentar para resolver o problema na região.

No início da reunião, Sargento Rodrigues afirmou que, pela segunda vez consecutiva, a Polícia Militar deixou de comparecer a audiência pública, como também de mandar um representante. “O mais curioso é que na última audiência pública os moradores cobraram enfaticamente a presença da PMMG. Nós sabemos que a Polícia Militar e a Polícia Civil não são as únicas agências estatais que devem se preocupar em combater o crime e a violência nos municípios e nos estados, mas são as peças fundamentais e o Comandante Geral da PMMG tem feito uma oposição à Assembleia de Minas”, disse. Ainda segundo o parlamentar, é lamentável que a PMMG, na pessoa do Comandante Geral, continue com esta prática de ignorar. “O Comandante sequer mandou uma correspondência. Vamos ver ate quando o ele vai ter esta postura em relação ao Poder Legislativo de Minas Gerais”, completou.

Na ocasião, o presidente da ONG “Em Nome de Minas”, Celso Máximo de Oliveira, afirmou aos deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que os moradores da Pampulha e de Venda Nova não têm mais acionado as polícias Civil e Militar para combater a criminalidade na região. A razão, segundo ele, é a morosidade e a falta de resposta efetiva às ocorrências. “Há uma indústria do crime na região. O número de roubos e assaltos é crescente e as pessoas sequer acionam as polícias porque não acreditam que haverá resposta efetiva”, disse.

Diante da exibição de um vídeo feito na região, que mostra cenas de prostituição e de tráfico de drogas, o deputado Sargento Rodrigues alertou que, apesar de o governo apontar números de queda na violência, a realidade estaria demonstrando o contrário. “As estatísticas são maquiadas, até pelo fato de as pessoas deixarem de registrar o boletim de ocorrência. A descrença é total uma vez que o tempo de espera é alto”, ponderou. O deputado ainda acredita que o aumento no desemprego e a redução do investimento em segurança seriam as causas do problema.

Na oportunidade, o Promotor de Justiça, Dr. Henrique Nogueira Macedo, que foi assaltado há 6 dias, na quarta-feira 23/8/2017, usou o próprio exemplo para mostrar “como é crescente o número da criminalidade e como tem sido adotadas estratégias de maquiamento desta realidade.” Ele relatou que, após o ocorrido, ligou para Polícia Militar, que prendeu o cúmplice do crime, embora não tenha classificado como roubo, mas sim como “reds de furto tentado”, para, justamente, maquiar as estatísticas da criminalidade em Minas Gerais.

A titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova, Roberta Sodré, afirmou que, a despeito da falta de confiança atribuída à instituição, o objetivo é estar ao lado da comunidade e das associações de bairro, com quem busca estabelecer contato. Ela pediu que as pessoas registrem os boletins de ocorrência, mesmo que sem o atendimento imediato. “Fazemos operações de combate à prostituição e ao tráfico de drogas na região, assim como ao furto e roubo nas ruas e em residências. Estamos trabalhando com o máximo que nossa estrutura permite”, frisou.

Requerimentos – Ao final da reunião, o deputado Sargento Rodrigues apresentou requerimentos para que sejam encaminhados, aos 513 Deputados Federais e aos 81 Senadores da República, o áudio e o vídeo da explanação do senhor Henrique Nogueira Marcio, Promotor de Justiça, coordenador do CAOCRIM, solicitando mudanças urgentes na legislação nacional de Execução Penal e Direito Penal e Processo Penal, como também para que seja realizada audiência pública da Comissão de Segurança Pública para debater denúncia de subnotificação de crime violento em Belo Horizonte

Outro requerimento apresentado é para que seja encaminhado ofício para Polícia Civil e para Polícia Militar solicitando providências para que sejam realizadas operações conjuntas de combate à prática do rufianismo, agenciamento de garotas e garotos de programa e tráfico de drogas nas proximidades da Lagoa da Pampulha, bem como para que seja encaminhado ofício ao prefeito de Belo Horizonte com as notas taquigráficas da reunião, solicitando providências para que a vigilância de logradouros públicos nas imediações da lagoa da Pampulha, objetivando inibir a prática de tráfico de drogas na região.

Por fim, o deputado solicitou que seja realizada audiência pública para debater a convocação de candidatos aprovados em concurso público da Polícia Civil para melhorar a atuação da polícia judiciária do estado de Minas Gerais, considerando que a grave situação baixo efetivo da corporação vem impactando negativamente a política estadual de segurança pública.

Veja o vídeo aqui.

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