Servidores da Segurança Pública reafirmam que continuarão com a luta em defesa da classe

DSC 0128 optA Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou audiência pública na tarde desta quarta-feira, 23/11/2016, para discutir os investimentos, nos anos de 2014 a 2016, na Polícia Militar, na Polícia Civil, no Corpo de Bombeiros Militar, no sistema prisional e no sistema socioeducativo, como também o custeio dessas instituições e sistemas e seus impactos na política estadual de segurança pública em Minas Gerais. Na ocasião, nenhum representante do governo compareceu, bem como nenhum deputado da base governista.

No início da reunião, o deputado Sargento Rodrigues, Presidente da Comissão de Segurança Pública, informou que a reunião foi agendada para debater a redução drástica nos investimentos e custeio nos órgãos da segurança pública em todo o Estado. “Com essa redução, as viaturas ficam baixadas, deixando de lançar o policiamento adequado, o que aumenta a criminalidade e a violência. Isso também afeta a polícia civil, o corpo de bombeiros e todo o sistema prisional, pois a medida que não há viaturas, diminui o número de policiais em campo, reduzindo todo aparato e aumentando a letalidade dos profissionais de segurança pública”, destacou.

CLARISSA-BARÇANTE4 optNa oportunidade, Rodrigues ressaltou a escala decrescente que Minas Gerais estava vivendo desde 2011 até 2014, último ano do governo anterior, sendo 10 profissionais da segurança pública mortos em razão da atividade em 2011 e 7 em 2014. Já em 2015, com a posse do novo governo, morreram 13 servidores e, em 2016, o número já ultrapassou este número.

Já em relação a redução nos investimentos e custeio de todo o sistema de segurança pública, Sargento Rodrigues informou que, de acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais (SIAIFI-MG), em 2014,o governo destinou cerca de R$33 milhões para investimento para a polícia civil. Em 2015, com o governo atual, foram encaminhados R$5 milhões e em 2016, apenas R$500 mil. Já para custeio, em 2014 foram enviados R$199 milhões, em 2015, foram R$190 milhões e em 2016, apenas R$118 milhões.

Para a polícia militar, na rubrica investimentos, o governo destinou R$36 milhões em 2014, R$19 milhões em 2015 e apenas R$7 milhões em 2016. Na parte de custeio, foram encaminhados R$356 milhões em 2014, R$239 milhões em 2015 e R$198 milhões em 2016.

“Temos que informar e sempre bater nesta tecla porque as pessoas que estão na ponta da linha são servidores da segurança pública, os quais estão aumentando a letalidade. O que está em jogo é a vida e as condições de trabalho dos servidores”, enfatizou Rodrigues.

DSC 0084 optAinda segundo Rodrigues, o Governo do Estado está retirando recursos de lugares importantíssimos e ainda não divulgou uma nota oficial para esclarecer sobre o pagamento do 13º salário, como também a retomada do pagamento para o quinto dia útil e a reposição salarial de 11,22% da data-base de 1º de outubro.

Rodrigues lembrou, ainda, que ontem, 22/11/2016, havia uma manifestação do Movimento do Sem Terra (MST) e havia apenas duas viaturas da polícia militar. Porém, hoje, com a mobilização dos servidores da segurança pública, tinha inúmeros policiais, como também de placas proibindo estacionar ao longo de toda a rua. Rodrigues também informou que o Comando da PM usa a diretoria de inteligência para atacar a ele e aos presidentes das entidades de classe. “Estou há quase 18 anos no parlamento mineiro e nunca vi algo tão medíocre igual este Comandante-Geral da PMMG está fazendo com a tropa”, disse.

Em relação as diárias, o parlamentar lembrou que no carnaval deste ano, policiais escalados para trabalhar nas cidades de Mariana, Ouro Preto e Diamantina receberam apenas “meia PA” e dormiram em salas de aula. Já o Comandante-Geral da PMMG, Marco Antônio Badaró Bianchini, em 21 meses, recebeu mais de R$100 mil em diárias. “Isso é um absurdo! Não podemos parar nossas mobilizações”, afirmou.

Servidores reformados reclamam da postura do Governo do Estado

DSC 0052 optCabo Regina, policial da reserva de Juiz de Fora, na zona da mata mineira, relatou que fazia um trabalho social na cidade, mas depois da troca de comando, o projeto acabou, o que a motivou a ir para o quadro da reserva da PMMG. Ela também enfatizou que em sua veia corre “sangue de luta”. “Nós não podemos parar de lutar”, disse.

“Fui convidada a me reformar por tumultuar o 27º BPM. Temos que ficar sempre atentos. Se abaixarmos a cabeça, este governo incrédulo montará na gente”, completou a Cabo Izabela de Juiz de Fora.

Cabo Dantas destacou que nunca imaginou que viria em Belo Horizonte para lutar por um direito já adquirido, como seu salário. “Trabalhei 30 anos para receber meu salário e hoje recebo parcelado e pago juros todos meses”, afirmou.

O policial militar reformado e integrante do movimento social Vem Pra Rua, Reinaldo Quintela, afirmou que a única coisa que os deputados da base governista sabem fazer é chamá-los de fascista. “Fascista é esse governo corrupto. Nós estamos aqui representando o povo e eu venho aqui apenas reivindicar nossos direitos”, concluiu.

DSC 0169 optAo final, o deputado Sargento Rodrigues reafirmou que o sonho do Comandante-Geral da PMMG, como também de todos os deputados da base governista é que o movimento enfraqueça e as mobilizações acabem. “Tudo que eles querem é nos desmobilizar. Demoramos 16 anos para chegar aonde chegamos e depois que alcançamos um patamar de dignidade, tiraram o promorar, o prêmio produtividade, as diárias, as ajudas de custo, o salário no quinto dia útil e a reposição salarial. Não podemos parar com a nossa luta”, ressaltou.

“A cadeira de deputado não me pertence, pertence a vocês. Eu sou o instrumento da classe e mandato é para fazer enfrentamentos. Tudo que conseguimos foi com muito suor e luta. Devemos continuar unidos em defesa da classe”, completou Rodrigues.

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