Agentes penitenciários e socioeducativos pedem por prorrogação de contratos e por socorro pelo sistema carcerário de Minas Gerais em audiência pública

Na manhã desta terça-feira, 21/11/2017, foi realizada audiência pública, a pedido dos deputados Sargento Rodrigues e João Leite, para debater o cumprimento da Lei de Execução Penal e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considerando-se as ameaças e as condições de trabalho dos agentes penitenciários e socioeducativos no cumprimento de sua missão constitucional.

Na ocasião, o deputado Sargento Rodrigues chamou a atenção para a ausência dos representantes de algumas entidades de classe e frisou a importância do judiciário e da defensoria pública para complementar o debate, já que segundo ele, o aparato de justiça criminal composto pela Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário e Sistema Prisional e Socioeducativo precisa estar com todas as engrenagens funcionando para que tenhamos efetivamente uma melhor segurança pública.

Segundo decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), todos os contratos de agentes penitenciários e socioeducativos devem ser finalizados até o dia 31 de dezembro deste ano. A decisão consistiu na declaração de inconstitucionalidade da Lei 18.185, de 2009, que pretendia renovar os contratos.

Sargento Rodrigues afirmou que as penitenciárias e presídios de Minas Gerais estão abarrotados de presos, o que aumenta a fragilidade do sistema prisional, e que desde 2015, a população carcerária passou de 60 mil para 75 mil presos. “A possibilidade do julgamento inconstitucional da lei em definitivo e a demissão em massa a partir de 31 de dezembro causarão um verdadeiro transtorno e o sistema prisional entrará de vez em colapso. Este ‘Desgoverno’ não faz gestão e ainda quer as demissões dos agentes. Quem ficará com a sobrecarga de trabalho se os contratados forem demitidos? Os efetivos. Onde estão as políticas públicas? Onde estão os investimentos? Quem paga o preço mais alto é o cidadão que é vítima de roubo, estupro, homicídio”, alertou o parlamentar.

Para o diretor executivo do Sindicato dos Agentes de Segurança penitenciária do Estado de Minas Gerais (SINDASP), Everaldo Márcio da Silva, “O sistema prisional, hoje, se encontra em um caos. Um agente penitenciário convive com superlotação, falta de EPI, coletes vencidos, munições em deficit, além de um ambiente insalubre e degradante, o que é terrível para os servidores. O sistema não recebe nenhum investimento do Governo para reverter esse quadro e 30% dos profissionais se encontram afastados por doenças do exercício de sua função. O servidor está exausto sem amparo do Governo”.

Segundo Rômulo Francisco de Souza Assis, diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais, não deve haver distinção entre servidores efetivos e contratados, pois são todos agentes. “Tem unidade que tem cinco agentes por plantão. É melhor entregar a chave para os adolescentes. Não podemos mais ficar nesse caos e sem resposta do Governo. Os projetos de lei estão parados. O sistema vai parar”, afirmou o diretor.

Durante a fala de Ronan Rodrigues, o presidente da União Mineira dos Agentes de Segurança Prisional do Estado de Minas Gerais (Unimasp), afirmou que nada do que foi prometido o Governo cumpriu e que é preciso que as duas categorias se unam para se fortalecer. Ronan também ressaltou que o Ministério Público está fazendo uma covardia com os servidores: “É um absurdo o MP não estar presente nesta audiência. O Governo do Estado não valoriza e não reconhece os seus profissionais”.

Rômulo Luis Veloso de Carvalho, representante da Defensoria Pública Geral, apontou para a gravidade da questão: “O sistema já trabalha com menos do que necessita. Mais pessoas sendo demitidas é inoperante. Precisamos de ações de transformação. Nossa posição também é pedir a prorrogação de prazo das demissões. A Defensoria tem feito recomendações e permanece atenta, demandando os órgãos competentes para que nenhuma ação inviável seja tomada abruptamente. O defensor público ainda destacou que, hoje, a seu ver, este é o assunto mais relevante da Segurança Pública de Minas Gerais.

O subsecretário de Atendimento Socioeducativo da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Danilo Emanuel de Oliveira Santos Salas, era o único representante do Governo presente na reunião e não conseguiu responder, com certeza, sobre o destino dos agentes, mas reconheceu o deficit e a carência do sistema socioeducativo, e afirmou que ao invés das demissões, o ideal seriam substituições mais humanizadas.

Já para Wagner de Oliveira Cavalieri, juiz de direito da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Contagem, os agentes são a peça chave do sistema, já que mantém a disciplina e o funcionamento das unidades e afirmou que a exoneração dos servidores seria uma tragédia: “Já há um efetivo insuficiente nas unidades e com o aumento de 25% da população carcerária desde 2015 e menos agentes, o sistema entrará em colapso”. Cavalieri sugeriu a imediata abertura de concurso público, com o tempo de serviço prestado no sistema prisional sendo contado como um diferencial.

O agente penitenciário, Ariovaldo Júnior, relatou com muita indignação sua luta enquanto servidor do sistema carcerário e afirmou que o Governo do PT tira da saúde, da educação, da segurança e que não dá condições para o servidor público trabalhar. “Esta semana tentaram nos desmotivar de participar da audiência pública, mas não conseguiram”. Segundo o agente, o governador Fernando Pimentel e seus aliados estão esquecendo das eleições do ano que vem, e que se continuarem com as demissões dos agentes, os sistemas penitenciário e socioeducativo vão parar.
Ao final, o deputado Sargento Rodrigues relembrou a falta de prioridade do Governo de Minas com a Segurança Pública e os gastos exorbitantes como com propaganda oficial.

O parlamentar apresentou requerimento para que seja encaminhado à Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e aos desembargadores do Órgão Especial do TJMG, pedido de providências para que enviem esforços ao buscar uma solução visando a modulação judicial no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade acerca da Lei nº 18.185/2009, de forma a alcançar e permitir a extensão, pelo tempo máximo possível, das contratações dos servidores, tendo em vista a necessidade e a urgência de se suprir as carências dos sistemas prisional e socioeducativo no Estado, hoje superlotados e com deficit de agentes.

A necessidade da prorrogação do prazo para a demissão dos agentes penitenciários e socioeducativos de Minas Gerais foi defendida unanimemente pelos participantes de audiência.

Veja o vídeo aqui.

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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Rodrigues desenvolvidas ao
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