Há tempos tenho criticado o empenho de policiamento unitário pela Polícia Militar de Minas e cobrado do Comando-geral providências para acabar com esta prática. Como nada foi feito e o próprio comandante deixou claro ser a favor desse absurdo, foi com muita honra que assumi a relatoria do Projeto de Lei 249/2023, do Deputado Caporezzo, que proíbe o Estado de Minas Gerais de adotar policiamento ostensivo unitário, alterando a Lei 21733/2015, de minha autoria, que estabelece as diretrizes e os objetivos da política estadual de segurança pública. Na tarde desta quarta-feira (04/09), o parecer favorável foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e a proposta está pronta para ser votada em 1º turno pelo Plenário. Um dia após assistirmos ao assassinato de um companheiro de Santa Catarina, ao abordar sozinho um marginal que conseguiu tomar sua arma, atirar e o agredir brutalmente, faz com que essa aprovação tenha ainda mais significado e deixe ainda mais explícito o absurdo que representa esse tipo de policiamento. Afinal, todos nós sabemos que um dos pressupostos para a atuação policial é a supremacia de força, o que é impossível garantir no Policiamento Unitário.