Os recentes atos de violência ocorridos em Teófilo Otoni, envolvendo uma disputa entre facções rivais do crime organizado, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho, motivaram audiência da Comissão de Segurança na tarde de hoje. Dentre as ocorrências registradas, está o atentado cometido contra a família de um cabo da Polícia Militar, que teve sua casa alvejada por diversos tiros na madrugada do dia 08 de março, em represália à sua atuação policial na cidade. Assim que o fato chegou ao nosso conhecimento, encaminhamos às Polícias Militar e Civil pedidos de providência para que recebessem toda a assistência e proteção necessárias. Presente à audiência, o prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, enalteceu o trabalho das forças policiais no município, mas fez duras críticas ao governador, cobrando providências para que seja ofertado a eles as devidas condições de trabalho, principalmente em relação à recomposição de efetivo e verba para manutenção e estrutura das unidades. Segundo ele, a prefeitura repassa à PM e BM, em torno de R$ 60 mil por ano, por meio de convênio firmado. “Se a prefeitura não colocar combustível, a viatura não roda; se não disponibilizar oficina, não conserta”, destacou. Apesar de não ter convênio firmado com a PC, as ajudas são constantes também, sempre que necessário. Nós sabemos que a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Ministério Público deram respostas necessárias aos fatos que desencadearam a ameaça ao Cabo da Polícia Militar e a disputa pelo território de tráfico pelas duas facções criminosas. No entanto, todo esse reforço policial, que saiu de Belo Horizonte, é momentâneo. Nossa preocupação permanente, que também é a preocupação do prefeito, dos vereadores e da população, é a falta de efetivo e o total abandono, pelo Governo do Estado, das forças de segurança pública.