A regionalização do atendimento ao 190, da Polícia Militar, e a prestação do serviço por servidores terceirizados, que não são policiais, tem prejudicado a qualidade do atendimento à população e será tema de audiência da Comissão de Segurança Pública. Um exemplo prático é o que tem ocorrido em Araguari e Ituiutaba, conforme denúncia recebida e que motivou o requerimento. Ao ligar para o 190, o cidadão é atendido por um funcionário civil que não está na cidade e, muitas vezes, nem mesmo a conhece, pois a central está localizada em Uberlândia. O mesmo acontece com outros municípios da região. Isso tem causado transtornos e atrasos no atendimento, tanto para a população, quanto para os policiais que recebem às ocorrências, pois as informações não são passadas da forma mais adequada. Como policial militar, trabalhei no Copom e sei, na prática, o quanto é importante filtrar e organizar as informações recebidas na ligação, para facilitar e otimizar o trabalho dos policiais que atenderão ao chamado. Por isso é fundamental que o atendente, no mínimo, conheça a cidade, já que o tirocínio policial já ficou prejudicado com a terceirização do serviço que, por décadas, era feito por um militar. A Polícia Militar fez um contorcionismo interno, economizou dinheiro e transferiu os policiais para a área operacional. Tudo isso devido à falta de efetivo! Em vez de resolver este, que é o principal problema da corporação e que tem levado os servidoress à sobrecarga de trabalho e ao adoecimento físico e mental, o comando e o governo seguem maquiando a situação com decisões como essa, que só prejudicam à população e aos policiais militares, pois comprometem o trabalho de quem está na ponta da linha.