No atual modelo de contrato, a dívida de Minas Gerais é impagável e isso já está muito claro! E qual é a saída? Só nos resta o caminho político, que passa pelo presidente da Assembleia e pelo presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco, que é hoje a figura política mais importante que temos junto à União. É ele que pode fazer essa ponte! É ele que tem o poder de interferir na pauta e negociar com o presidente da República. A União não tem que ter lucro sobre um estado-membro. Temos que repactuar a dívida, com novos prazos e juros apenas pelo IPCA. Não há transparência sobre saldo bancário e publicidade dos atos deste governo. Não dá para confiar! O RRF é o pior dos caminhos para resolver o endividamento de MG. Quanto mais me informo sobra a situação do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, que já aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal, mais certeza tenho do que acontecerá na prática. O Executivo não poderá impor certas medidas ao Legislativo, Judiciário, Ministério Público e ao Tribunal de Contas, mas determinará internamente cortes em investimentos, pois deverá respeitar o teto de gastos imposto pelo regime. Faltará insumos, materiais e equipamentos fundamentais na segurança, educação, saúde e outros serviços essenciais. É aí que a política pública vai se atrofiando e o cidadão mais humilde é que sofrerá o maior impacto. Por outro lado, com as carreiras estagnadas, os servidores vão perdendo o ânimo e disposição para trabalhar. Tem que ser feito novo acordo, novo contrato. Depois que destruir o serviço público, não adianta mais correr atrás!