Ouvimos a Subsecretária de Atendimento Socioeducativo da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Giselle Cyrillo, na Comissão de Segurança Pública, para esclarecer denúncias de assédio moral, falta de equipamentos de proteção, ausência de cofres ou intendência nas unidades para os agentes acautelarem suas armas ao chegar, além da expansão da chamada cogestão do sistema que, dentre outras coisas, está delegando o poder de polícia a entidades sem fins lucrativos. Ela foi convocada após o adiamento da reunião marcada para semana passada, para qual não havia comparecido. Em visita da Comissão à unidade Santa Helena, no Vale do Jatobá, onde ocorreu um confronto entre servidores e jovens internados, no final de julho, no qual monitores e agentes foram feridos, ficou claro o emprego de monitores terceirizados em atividades típicas dos servidores da segurança, como a contenção de internos e sua escolta em atividades externas. Isso é inaceitável, além de ilegal, uma vez que poder de polícia e monopólio de força não podem ser transferidos. A Sejusp precisa esclarecer quem está autorizando ou mostrar qual a lei permite isso. O vice-presidente do Sindsisemg, José Odon, trouxe ainda diferentes denúncias, com fotos de agressões sofridas por monitores em outras unidades, além da preocupação com a notícia de remanejamento de agentes em razão de fechamento de unidades. Ao final, cobrei da subsecretária que leve toda as denúncias e problemas narrados ao conhecimento do Secretário Rogério Greco e que responda oficialmente, por escrito, aos questionamentos. Deixei claro que não me falta disposição, enquanto deputado e presidente da Comissão, para fiscalizar e cobrar do governo. Se estou aqui, por sete mandatos consecutivos, é porque os servidores da segurança me confiaram seu voto para a missão de representá-los e não abro mão desse compromisso!
