O comando da PM terá que enviar à Comissão de Segurança Pública informações sobre estudos técnicos que precedem o empenho dos casos de policiamento unitário na corporação. Apresentei requerimento na audiência realizada na manhã de hoje, para tratar do tema, diante da afirmativa do Coronel Neyton Rodrigues, Chefe de Gabinete do Comando-geral, de que a modalidade está prevista na Resolução 4827/19, que trata do portfólio de serviços da corporação, devendo ser precedida de análise criteriosa para implantação. A resposta veio após eu ter exibido vídeos e feito a leitura de dezenas de denúncias enviadas ao meu gabinete, inclusive com cópia das escalas, sobre o empenho de policiais sozinhos em situações de risco por falta de supremacia de força, condição necessária à atividade policial no mundo tudo. A isso, soma-se a pressão sofrida por alguns, por parte de comandantes, com casos até mesmo de ameaça.
Essa é mais uma das situações causadas pela falta de efetivo, para qual há tempos venho cobrando providências do governo e do comando, e que tem levado nossos policiais ao adoecimento físico e mental, em razão da sobrecarga de trabalho. Estamos assistindo à banalização dos cuidados com a segurança dos servidores e isso é inadmissível. Deixei claro que refuto o portfólio da PM e que é urgente a necessidade de reduzir as atribuições nele contidas, razão pela qual pretendo apresentar um Projeto de Resolução para sustar o efeito da autorização para policiamento unitário. A realidade hoje é muito diferente de décadas atrás, com a evolução do crime organizado e a chegada de armamentos de grosso calibre.
Fato é que a culpa pelo deficit de efetivo é do governador, que tem autoridade para recompô-lo, mas a responsabilidade por escalar o policial sozinho é do seu comandante, portanto, a solução está nas mãos do comando! Se não tem efetivo, não escala! Informa isso ao governo, afirmando que não vai colocar os policiais em risco.
