Violência em Betim assusta moradores, que questionam índices de redução da criminalidade apresentados pelo Governo

O elevado índice de violência em Betim foi tema de audiência da Comissão de Segurança Pública na manhã desta terça-feira (08/05), atendendo a requerimento do deputado Ivair Nogueira, ex-prefeito do município. Segundo ele, a cidade é a mais violenta do Estado e o objetivo da reunião seria buscar soluções para diminuir essa criminalidade, uma vez que a sensação de insegurança tem assustado a todos.

Como tem sido habitual, a Polícia Militar não enviou representantes, numa atitude de total desrespeito e descaso com a situação. “O boicote do Comando da PM à Comissão de Segurança Pública tem sido constante. A presença da Corporação numa reunião como esta é fundamental. Parece que o cidadão de Minas é menos importante que os interesses políticos e não merece respeito, mesmo sendo ele quem paga o salário dos nossos policiais”, protestou o deputado Sargento Rodrigues, presidente da Comissão.

Com o auditório lotado por moradores, a principal reivindicação era o não fechamento das Companhias 187 e 188 da Polícia Militar, que ficam nos bairros Jardim Alterosa e PTB. Entre os deputados presentes e os convidados para compor a mesa, este discurso também prevaleceu, na defesa de que é preciso somar e não subtrair esforços no reforço da segurança na região.

O sucateamento das corporações, o baixo efetivo da PM, que hoje é de 500 policiais, e a presença apenas um delegado de homicídios para os 550 mil habitantes também foi amplamente criticado.

Diante dos fatos apresentados, o deputado Sargento Rodrigues denunciou o “descompromisso do governo com a segurança pública”. Lembrou promessas feitas na área de segurança, “até hoje não cumpridas”, como o aumento do número de servidores para o sistema prisional. Para ilustrar sua fala, o deputado exibiu vídeos com promessas feitas por Fernando Pimentel, durante sua campanha ao governo, e com da fala do Promotor de Justiça, Henrique Macedo denunciando a “maquiagem” das estatísticas sobre a criminalidade em Minas. Rodrigues afirmou, ainda, que o fechamento de companhias e sua substituição por bases móveis, que não considera móveis, mas fixas, é prejuízo para a população. “Trocar companhias de 100, 120 homens, por um posto fixo, é um retrocesso no policiamento”, disse. Ele lamentou que a cidade não possua um centro de internação de adolescentes em conflito com a lei.

Representando o governo, o subsecretário de Estado de Segurança Pública, Danilo Emanuel de Oliveira Santos, assegurou que, a partir de 2016, os índices de criminalidade em Betim registra queda de mais de 35%, informação reforçada pelo coronel PM Júlio Cézar de Paula, Secretário de Segurança do município. A plateia protestou ao ouvir tais afirmações, bradando questionamentos e críticas em relação à divergência do que eles vivenciam na prática. A fala do defensor público de Betim, Maxnei Gonzaga, também foi rebatida pelos deputados da mesa e pelo público, quando este insinuou a inércia de representantes do Poder Legislativo.

Ao abrir a palavras para o auditório, as falas convergiram no sentido de que não há sensação de melhora na segurança pública em Betim, contradizendo os dados apresentados. Unânime também foi a demanda por mais efetivo e melhor aparelhamento das policiais militares e civis e, principalmente, pela manutenção das Companhias PM em funcionamento.

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