Após audiência, comissão visita delegacia e Companhia da PM na região dos bairros Pilar e Olhos D’Água

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) esteve nesta terça-feira (27/2/18) na sede da 16ª Cia PM e na 4ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Estoril, unidades que compõem a Área Integrada de Segurança Pública nº 8. A visita foi um desdobramento da audiência pública realizada no dia 20/02, quando representantes dos bairros Pilar e Olhos d`Água denunciaram um crescente e assustador aumento da violência na região.

Durante a audiência, vários moradores e comerciantes dos bairros reclamaram da falta de segurança e pediram reforço no policiamento. Eles alegaram que a violência está afastando serviços importantes da região, não havendo caixas eletrônicos nas duas localidades, e ainda os obrigando a alterar hábitos corriqueiros, como conversar com vizinhos na porta de casa, e comerciantes a mudarem os horários de trabalho de seus funcionários.

Diante das inúmeras queixas trazidas à Comissão, o deputado Sargento Rodrigues aprovou requerimento para que fossem verificar, pessoalmente, as condições do policiamento ostensivo e investigativo da região. Representando a Polícia Civil na audiência, o delegado Flávio Henrique Grossi, titular da 18ª Delegacia, colocou-se à disposição da população e ressaltou ser a baixa de efetivo a sua maior dificuldade atualmente. A Polícia Militar não enviou representante nem mesmo justificou a ausência, apesar de convidada, como tem sido habitual. “A população está gritando por socorro e a Polícia Militar simplesmente não se faz representar. Assim sendo, vamos, com a visita, tentar entender, também, o motivo desta ausência”, explicou o deputado, que preside a Comissão.

Novamente, o Comandante da 126ª Cia PM, Major Robson Narciso, não esteve presente, apesar de ter sido comunicado oficialmente sobre a visita da Comissão, por e-mail e por telefone, pela assessoria da Assembleia Legislativa. Os deputados Sargento Rodrigues e João Leite aproveitaram para conhecer as instalações da Companhia, que está bem longe do ideal, com vestiários e banheiros funcionando de forma um tanto quanto precária. A deficiência de efetivo também foi confirmada no local. “A recorrente ausência do comandante nos gera a dúvida se ele se importa menos com a população ou com seus comandados. Nosso principal objetivo é somar esforços na busca de soluções para as dificuldades que as forças de segurança encontram hoje para melhorar a eficiência e eficácia dos serviços prestados, no combate ao crime e proteção da sociedade. Pelo visto, o Comando da Polícia Militar não está preocupado com isso”, ponderou Sargento Rodrigues.

Em contrapartida, em visita à 4ª Delegacia, que fica ao lado da PM, a Comissão foi muito bem recebida pelo delegado Flávio Henrique Grossi e sua equipe. A Promotora de Justiça, Katia Suzane Lima Mendes Araújo, também acompanhou os deputados, atendendo ao convite da Assembleia, como representante do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal de Juri e da Auditoria Militar. Os deputados puderam conhecer as ótimas instalações da delegacia e ouvir de uma cidadã, que estava em atendimento, sinceros elogios ao trabalho ali prestado. “Estou encantada com o atendimento e o acolhimento que recebi aqui. Faço questão de registrar isso e fico feliz que tenha tido esta oportunidade”, disse ela.

Na oportunidade, o delegado Flávio Henrique reforçou o que já tinha dito na audiência sobre o baixo efetivo da unidade, que conta com 15 policiais, incluindo escrivães, agentes e ele próprio. “Esse é hoje o nosso maior gargalo. A região abrange 13 bairros, com uma população de 100 mil habitantes, o que representa uma média de 6 a 7 mil habitantes para cada policial. Efetivamente nas ruas, podemos dispor de apenas 6 companheiros”, explicou.

O deputado Sargento Rodrigues voltou a lamentar a falta de interesse da Polícia Militar. “A ausência do Major Narciso prejudica o objetivo da visita, pois precisávamos de informações sobre número de efetivo, quantidade e condições das viaturas que cobrem a região, dentre outras. Quem mais está sofrendo é a população, que exige uma resposta das autoridades sobre o aumento da violência, mas a PM insiste em manter esta postura de não atender aos convites da Comissão de Segurança Pública. Assim sendo, vamos fazer uso do que permite a lei e CONVOCAR o comandante a prestar os devidos esclarecimentos, já que só convidar não foi suficiente. Desta forma, colocamos fim a esta pirraça”, informou o deputado ao encerrar a visita.

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